Eu estava com 60 anos e havia ficado viúvo há quase três, e não conseguia me ver sozinho para sempre. Ao dizer isso a um amigo, bem mais novo que eu por sinal, em um almoço, ouvi a afirmação de que eu estava maluco, pensando em me casar àquela altura, e me aconselhou a não fazer uma tolice dessas em hipótese alguma. Teria sido isso um conselho de amigo?
Não sei se a opinião dele tinha a ver com minha intenção de me casar novamente ou se estava falando isso porque sabia qual era a idade da Renata. Não me atrevi a perguntar e mudei de assunto.
Talvez pela perspectiva dele eu devesse aproveitar mais a liberdade para me divertir e não me envolver seriamente com alguém, principalmente com uma mulher bem mais nova.
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O interessante é que ele não pratica o que prega, pois é bem mais novo e casado e já com uma filha.
Algo como: faça o que eu aconselho, não faça o que eu faço.
Certamente, o foco da sua recomendação era a diferença de idade, e, sendo ele, amigo, fica evidenciada a constatação de que não são somente as “amigas” que fazem animadoras observações.
O fato é que somente o tempo dirá se eu deveria ter ouvido o conselho dele.
Bem, para todos os efeitos, vale ressaltar que o texto foi escrito em 2021.
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