Vamos tratar do tema discussões inúteis no relacionamento. Como construir e manter a harmonia no convívio conjugal e evitar discussões por motivos pequenos que, exatamente por serem pequenos, não são importantes, não merecem nossa atenção e não devem causar abalos em nossa vida conjugal.
É claro que quando achamos que temos que discutir por algo, achamos que o assunto é importante, pois, em sã consciência, ninguém discutiria pelo que considera irrelevante. Mas o fato é que, quando não fazemos um julgamento adequado do que vale a pena debater, acabamos nos deixando entrar em discussões inutilmente acaloradas e então, no “calor” e ao longo de uma dessas, permanecemos sem nos dar conta da irrelevância do tema e com isso acabamos criando ou reforçando um clima beligerante que quase sempre transforma uma bobagem em algo extremamente perturbador da nossa tranquilidade.
Às vezes nos pegamos tentando dar continuidade a um debate inócuo e irracional por puro impulso emocional e insistência no objetivo, também não muito racional, de provar à parceira ou ao parceiro, que a razão está do nosso lado.
Vamos abordar essa questão em cinco pontos de recomendações.
Primeiro: devemos ter sempre em mente que muitas divergências são apenas diferenças de opinião e não precisam se transformar em brigas. Quando um tema mais delicado surgir, siga a mais comum e corriqueira das recomendações: faça uma pausa e respire fundo. Isso ajuda a acalmar e a pensar de forma mais clara antes de reagir.
Estou aqui a dizer o que parece ser uma obviedade? Sim. E é mesmo. Fazer uma pausa, respirar, se acalmar para clarear o pensamento e agir de forma equilibrada é uma recomendação óbvia, porém não muito fácil de ser praticada; o óbvio não necessariamente é fácil de ser posto em prática.
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Sim, é verdade; não é fácil, mas asseguro que é um método muitíssimo eficiente, e, sendo eficiente, não há por que a gente não se esforçar para praticar.
Experimente pensar: será que esse assunto realmente importa? Será que essa questão vai ser relevante amanhã, daqui a dois dias, uma semana, um mês, ou até um ano? Muitas vezes, durante essas reflexões percebemos que o tema não merece o desgaste de uma briga.
Temos que ter, ao menos de início, muita disciplina e um patrulhamento constante que nos faça refletir antes de mergulhar na disputa pela razão. Com o tempo e a prática, esse comportamento passa a ser automático.
Segundo: pratique a empatia. Coloque-se no lugar do outro e tente entender por que esse tema é importante para ele ou ela. Escute com calma, deixando que ele ou ela termine a linha de pensamento. Ao ouvir sem interrupções e com interesse, você demonstra respeito, cria um espaço para um diálogo mais aberto e evita mal-entendidos.
Terceiro: Quando for expor a sua opinião, procure focar em como você se sente, usando frases como “Eu sinto que…” ou “Para mim, parece que…” ou ainda “Eu acho que….” Esse tipo de abordagem nos tira da posição de donos ou donas da verdade, reduz a predisposição ao confronto, evita um tom acusatório e demonstra interesse na troca de impressões e não na imposição de ideias. Gera também confiança, respeito e desarma ânimos exaltados ou prestes a se exaltar.
Quarto: não discuta à noite, evite isso. A tendência é que à noite estejamos mais cansados e menos pacientes. Deixe para conversar em um momento de maior disposição, e não tire, em momento algum, da sua cabeça, que o principal objetivo de uma discussão saudável é encontrar uma solução, não “vencer” uma disputa.
Quinto: e, por último, valorize os bons momentos e celebre as pequenas conquistas juntos, especialmente ao perceberem que o exercício de boas práticas de convivência estão contribuindo para uma melhora da relação, diminuição das discussões e bem-estar individual. Comentem sobre essas melhoras.
Focar em aspectos positivos, elogiar e mostrar apreço, pode fazer toda a diferença. Pequenos gestos de carinho e gratidão diária fortalecem o vínculo, geram confiança recíproca e mantêm o ambiente de paz no relacionamento.
Como sabemos que “não é fácil”, devemos exercitar regularmente essas práticas.
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Preservar a harmonia e o respeito é essencial para que os desafios do dia a dia não se tornem discussões desnecessárias.
Escolha suas batalhas e renuncie às discussões sobre coisas pequenas, ou seja, deixe para aprofundar o debate quando o tema for significativamente relevante e impactante para a relação do casal .
Isso pode ser a chave que abrirá a porta para uma vida conjugal plena e verdadeiramente feliz.
Lembre-se: o amor não existe e não sobrevive sem empatia, paciência e compreensão.
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